São sempre três horas da manhã
E o amanhecer parece nunca chegar
Por entre a névoa malévola
Voam delicadas Ninfas Faceiras
Hefesto caminha descalço queimando seu cosmo
Desliza pela galáxia em carruagem de fogo
Consulta encabulado o oráculo de Delfos
Narizes decreptos cheiram areias do deserto
Andejo e desgarrado meu coração é um traço manifesto
Palavras são ilhas desertas devoradas por ávidos ouvidos empoeirados
No campo o apanhador colhe lágrimas de centeio
Tímido cantarola ilusões perdidas em seu realejo
Ventos brandos enamoram a candura dos aventais brancos
Soprando ciscos de sortilégios para o alto de um Ébano
Sou Teseu sem fio de novelo
Morpheu sem sonhos
Zeus sem trono
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