Desculpem os metaleiros, roqueiros, bluseiros e outros tribos de plantão, mais como não falar sobre a morte de Michael Jackson com 50 anos ? Sem pegar gancho na crônica de Bial sobre a morte inspirado no Bussunda, tenho que concordar que morrer é realmente um negócio estúpido, sem sentido, que choca e emociona.
Mais falando do finado Michael, não lembro de ninguém com apenas 4 anos de idade que já conhecesse o sucesso dentro deste universo da industria fonográfica. Lembro-me dele cantando no grupo Jackson Five, já transbordando uma enorme confiança em sua juventude.
Quero deixar de lado suas bizarrices e rumores de pedofilia que envolveram sua vida pessoal e relembrar o disco Thriller.
Quem nunca escutou alguma trilha do disco Thriller ? Que se transforme em um Zumbi. Posso estar falando alguma bizarrice, mais concordo plenamente que Jackson é um fenômeno da indústria do espetáculo, pioneiro da indústria do videoclipe, um artista que assinou contratos milionários de publicidade com gigantes Pepsi (http://www.youtube.com/watch?v=vd15YVb2M6M) e Sony que garantiram uma enorme fortuna. Um multimilionário que comprou os direitos das canções dos Beatles.
O disco Thriller é um marco na industria fonográfica, cercado de estatísticas impressionantes: o disco mais vendido da história, já ultrapassou 104 milhões de cópias comercializadas – 40 milhões das quais em seu lançamento. Vendia um milhão de cópias por mês durante a primeira metade de 1983. De suas nove músicas, sete fizeram sucesso.
É impossivel não se deixar levar por “Beat It”, um funk-rock superproduzido ( o solo da guitarra de Eddie Van Halen foi montado a partir de 50 gravações diferentes), enquanto “Human Nature” é uma balada digital tão bela que viria a ser reinterpretada por Miles Davis. Mas a estrela é “Billie Jean”, na qual uma linha de baixo sintetizado gruda em sua pele enquanto a letra dúbia pede que você fique ao lado da milionária megaestrela paranóica diante das afirmações de uma mãe solteira sem dinheiro. Tal como nas demais músicas de Thriller, é um pop refinado ao limite, durante meses, por magos do estúdio usando os melhores músicos e a melhor tecnologia – não há uma única nota siquer fora do lugar.
Assim como não ficará em qualquer lugar da historia o pop repleto de brilhantina que um dia conseguiu ofuscar meu Heavy Metal.
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