Sentado em frente ao computador, pensei nos velhos tempos da máquina de escrever, Ahhh ! Quantas saudades da Olivetti... Soa como o nome de alguma mulher com instinto ninfomaníaca escondida por trás daqueles óculos de professorinha de colégio seminarista e de tantas velharias que romperam nossos dias, então lembro do boneco Falcom que quando criança era um dos meus sonhos de consumo, hoje é o tal do Bob, tremendo boiola ! Que ainda por cima come a Barbie, frígida mais gostosona, é porque ela não conheceu o Falcom, com aquele trejeito de Charles Bronson com Chuck Norris canastrão e machista.
Forte apache era na época tão caro quanto um autorama hoje, eu como não era abastado me virava juntando soldadinhos de chumbo que vinham naquela Maria Mole tipo sorvete, coitado dos meus soldadinhos, os índios moíam no pau ! Tadinhos desses mesmos índios nos dias de hoje, seriam desintegrados pelas tropas galácticas da estrela, o Macth Box era um mais alucinante que outro, hoje a onda é o Hot Wheels, o tunizado ! Não podemos esquecer as figurinhas do Zequinha com cara de pedófilo, a de numero 10 era a mais cobiçada e negociada nas rodas de mafiosos, eu preferia apelar para as trapaças do jogo do bafo, hoje se coleciona Rouge e tantos outros fenômenococos, praticamente completam o álbum em um dia, perdeu a graça da coisa ! E os tênis então ? Eu quando vou comprar um fico que nem um idiota escolhendo e não chego à conclusão nenhuma, são os tênis com crises existenciais, naqueles tempos existiam outros, senão tão sofisticados, pelo menos incomparáveis aos que existem hoje, para alguns existem apenas virtualmente, pois custam o olho da cara.
Tinha o Bamba, seguidos pelas Congas e Kichutes, tinha um vizinho meu gaúcho que não gostava das travas do Kichute e cortava com canivete, dizia que era pra dar aderência, pra não escorregar, dá pra acreditar ? Parece até um causo de gaúcho.
Jogar de Kichute na hora do recreio era um status, a sensação era como ser o Romário, o cara, entende ! Tinha gente que chegava engraxar, lustrava como fosse um sapato bico fino, daquele que você consegue matar barata no canto da parede, era para dar como dizia na época um look ou seria um luk ? Ou um luke ? Foda-se ! Eu preferia aqueles chinezinhos do Paraguai com preço de Paraguai.
Tinha as figurinhas do futebol card com jogadores que tinham amor a camisa, hoje se compra o mesmo amor, bastando simplesmente beijar o escudo do time na coletiva de imprensa.
E os carrinhos de rolimã ? Quanta modernidade, nem eles escaparam da indústria automobilística, pois montadoras como a AUDI produzem personalizado, pelo preço de um corcel 67, taí outra raridade, mais com quatro portas que é pra ser o bacana.
Depois de um homem feito, lembra saudoso daquele tempo de criança quando ao olhar o espelho, desejava ter uma barba igual ao seu pai, hoje quem diria, a mesma barba desejada é odiada e amaldiçoada, pois é uma merda ter que fazer barba quando você tem um trampo que te obriga, ser um Falcom com barba cerrada é bem melhor e fica mais cafajeste.
E quanto a elas ? Intrigadas diante de um absolvente, mal sabiam que a curiosidade tinha de fato uma utilidade indispensável, também odiado e amaldiçoado, pois a famosa T.P.M (Totalmente Pirada e Maluca) creio é tanto uma merda ou mais quanto fazer a barba. Mais a natureza humana é generosa, os mesmos peitos e bundas de ontem nas brincadeiras de médico, hoje, cresceram em abundância e generosidade.
E vem a realidade com índios sem tribos pedindo esmolas, Barbies que se esgueiram pelas esquinas urbanas e obscuras, perseguições em pistas de autoramas entre Hot Wheels com sirenes alucinadas atrás dos foragidos de Macth Box V8 em alta velocidade, depois de um assalto ao banco imobiliário, soldados de chumbo foras-da-lei e forte apache blindado.
O velho sempre volta e o novo com sua aparência nem sempre engana, ser retrô é ser moderno, antiquado é seu filho.
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