terça-feira, 4 de novembro de 2008

DESCONEXO

Sem inspiração para escrever
Observo a mesmice em minha volta
A violência cada vez mais violenta
A política cada vez mais nojenta
Fatos sempre maquiados
Ofendendo nossa inteligência

Pensei sobre coisas
Porque coisas
São simplesmente
Meras coisas
Que adormecem no peito
Que despertam da linha do tempo
Sorrisos em câmera lenta
Fotos transbordam saudades
Fetiche de felicidade
Mania de dizer
O que não pode

Já não existe mais
O absurdo e o abstrato
A natureza humana se cala
Mediante meliante mentecapto
Até Deus perde a fala
Quando a natureza humana se cala

Olhar distante
Infinito
E a vida esvai-se
A cada segundo
Com a brisa
Pela janela do mundo
Confortavelmente
Sem direção
Firmemente
Fixando a vastidão
Pensamentos áridos

Fitando a lua fértil
Aspiro letras dos livros
Em minha cabeça
Discos pairando ouço
Meu coração naufraga
Súplica sentimentos sinceros
Sem serem sensatos
São sementes selvagens
Sendo secadas
Sobre suor súbito
Sombras são sondas
Sussurrando salmos

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